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Tempo...

Quanto tempo ainda terei para matar minha saudade?


Acredito que poderá haver pesar das vezes em que fui chamada...

Certamente, se esquecem de que sou sem meio termo.

Ou desapareço na poeira das estrelas ou eis que sou a LOBA onipresente. Certamente, caber-me-ia a presidência do MSM-Movimento dos Sem Medida. Sincera, franca... mostrando os dentes ou abanando a cauda...

Afinal meia verdade é uma mentira inteira!


Sou feliz por não usar cabrestos, rédeas, guias. Além do fulgor do mais importante reencontro, episódios azuis (sempre minha inerência azul) me iluminaram recentemente os dias.


Capaz de dar A solidão dos números primos de presente, capaz de pensar em um próximo encontro com requintes de detalhes que ninguém perceberia.


Que por qualquer migalha na esfera beneficente, se põe sem o menor pudor e senso crítico a executar, ajudar, ajudar, ajudar... Mas, fazer o que se há de? - é a vida!


Ah, e que não me acuse, ninguém, por persistir em escrever, ler, ouvir, ver poesia até onde poesia não há. É meu viver, meu querer e ser.


E, como me urgiu abrandar a fome e a sede desesperadas desses sentimentos, escrevi meu tempo, tempo dificilmente decifrável para outrem... Lembro Almodóvar: A pele em que eu vivo..


Loba ou Cordeira?

E corro no tempo

Para apagar as próprias pegadas...  

Andar correnteza acima

Mimetizar na minguante...